ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: 058

Investigação


058

A Importância do Protocolo combinado em um Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal.

Autores:
CAVALCANTE, J.M.S.1, MANFREDI, A.K.S.1, SILVA, J.R.1, ANASTASIO, A.R.T.1
1 FMRP-USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: A integridade do sistema auditivo é de extrema importância para o desenvolvimento comunicativo humano, já que a audição é o caminho para a aquisição de linguagem e a privação sensorial deste sentido carreta em consequências irreversíveis a respeito do desenvolvimento global da criança. Estudos indicam que crianças diagnosticadas com perda auditiva até três meses idade e com intervenção apropriada até os seis meses de vida, podem apresentar o desenvolvimento da linguagem compatível com crianças ouvintes da mesma faixa etária. É essencial que o Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal (PTANU) consista na detecção precoce de alterações auditivas antes da alta hospitalar, abrangendo os procedimentos de Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT) e do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico-Automático (PEATE-A) de forma isolada ou combinada, inclusive em neonatos consideradas de baixo risco para surdez. A inclusão do PEATE-A antes da alta hospitalar nos neonatos que falham no teste de EOAT, independente da presença de fatores de risco para a perda auditiva, evita os retestes ambulatoriais diminuido o índice de absenteísmo. Objetivo: Analisar a eficácia do uso do procedimento de PEATE-A na ausência de resposta no teste de EOAT na primeira etapa do PTANU realizado em hospital de nível terciário de uma cidade do interior de São Paulo. Metodologia: Trata-se de estudo observacional analítico retrospectivo por meio da análise de prontuários de neonatos triados neste Hospital no período de janeiro a dezembro de 2014. Resultados: Dos 1.691 neonatos triados na primeira etapa, 1.546 (91,42%) neonatos passaram no teste de EOAT e 145 (8,58%) falharam no teste de EOAT . Dos que falharam no teste de EOAT, não foi possível realizar o PEATE-A em 55 neonatos, sendo justificado a não realização devido estado de alerta ou elevados níveis de artefatos durante a realização do exame. Foram realizados PEATE-A em 90 neonatos que falharam no teste de EOAT e destes, 35 (38,8%) neonatos passaram no teste de PEATE-A mesmo com a ausência da EOAT, e 55 (61,2%) neonatos mantiveram a falha no PEATE-A, sendo agendados para um reteste ambulatorial. Conclusão: O uso do protocolo combinado em neonatos de baixo e alto risco na ausência de resposta ao teste de EOAT mostrou-se uma técnica efetiva para diminuir significativamente o número de encaminhamentos desnecessários para reteste.

Palavras-chave:
 Audição, Neonato, Potencial Evocado, Emissões Otoacústicas